Concurso, CorreioWeb, Brasília, DF

Ministério do Trabalho solicita 2.873 vagas para concurso público

Somente para o cargo de auditor fiscal do trabalho, foram solicitadas 1.309 vagas

21/08/2018 09:36 | Atualização: 20/08/2018 18:02

Mariana Fernandes

Bruno Peres/CB/D.A Press
O Ministério do Trabalho (MTE) solicitou ao Planejamento 2.873 vagas para abertura de um novo concurso público.  No pedido, há vagas para auditor fiscal do trabalho (1.309),  agente administrativo  (1.307), administrador (93), arquivista (32), bibliotecário (2), contador (58), engenheiro (5), estatístico (5), sociólogo (4), psicólogo (26), técnico em assuntos educacionais (10), técnico em comunicação social (10) e economista (12). Porém,  a autorização ainda não foi concedida.

O concurso pode ser um grande atrativo por sua remuneração. O cargo de auditor fiscal, por exemplo, possui salário de R$21.029,09 e os candidatos precisam ter ensino superior em qualquer área. Já para os cargos de nível médio, a remuneração é de R$3.423,97, e para as demais oportunidades de cargos específicos de ensino superior, a remuneração é de até R$5.452,09. 

De acordo com o Sindicato Nacional dos auditores fiscais do trabalho (Sinait),  mesmo com o pedido de 1.309 vagas somente para o cargo de auditor fiscal, o número é pequeno diante da atual situação em que se encontra a carreira. Em nota, o presidente do Sinait, Carlos Silva, denunciou a falta de profissionais e disse que este é o pior quadro dos últimos 20 anos. Segundo ele, há pouco mais de 2.300 auditores em atividade, enquanto o recomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) é 8 mil. "A inspeção do Trabalho no Brasil pede ajuda. É necessário garantir independência e autonomia, com urgência", reivindicou.

O Ministério do Planejamento informou que não se manifesta a respeito de pedidos que ainda estão em análise. 

Último concurso 


O último concurso para a carreira administrativa ocorreu em 2014 e ofereceu 450 vagas para níveis médio e superior. O Cebraspe foi o organizador.  Os salários eram variavam entre R$ 2.573,22 e R$ 3.981,41. 

A seleção registrou um total de 116.482 inscritos, o que gerou concorrência de, aproximadamente, 258 por chance. O cargo que recebeu o maior número de postulantes foi o de agente administrativo na unidade de Brasília, com 16.943 inscritos. No total, a capital federal angariou 20.656 inscrições. Além da capital, os aprovados foram lotados no Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Já para auditores fiscais do trabalho, o último certame ocorreu em 2013. Foram 100 vagas com salários de R$ 14.280. Para concorrer, foi preciso ter graduação em qualquer área em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) foi a banca organizadora.

Dentre as funções do cargo de auditor-fiscal do trabalho estão a verificação dos registros nas carteiras de trabalho, visando reduzir os índices de informalidade; a verificação do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); o cumprimento de acordos coletivos de trabalho; e a investigação sobre a existência de fraudes e irregularidades no exame da contabilidade de empresas, por exemplo. 

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