Estrutura do GDF terá menos 6 mil comissionados a partir de 2015
Para cumprir compromisso de campanha eleitoral, Rodrigo Rollemberg vai cortar 60% dos cargos hoje ocupados por servidores nomeados sem concurso público
02/12/2014 09:21
Camila Costa/ Arthur Paganini/
Hoje, o governo sustenta aproximadamente 9.155 cargos em comissão sem vínculo com a administração pública. O percentual equivale a 52,27% do total de 17.515 cargos em comissão. Ou seja, mais da metade dos postos destinados a funções de chefia, direção e assessoramento são ocupados por pessoas que trabalham no Executivo, mas não fizeram concurso público. Em geral, estão na vaga por indicação de um político. A Secretaria da Região Metropolitana, por exemplo, tem 98,18% dos cargos em comissão ocupados por servidores sem vínculo com o GDF. Dos 55 servidores, 54 chegaram por apadrinhamento. Na Secretaria do Idoso, a situação também é crítica. Dos 64 cargos à disposição na pasta, 61 foram entregues aos deputados e secretários de Estado para que escolhessem alguém de confiança. O mesmo que 98,39% do total.
A equipe de transição de Rodrigo Rollemberg sabe do desafio para cumprir o compromisso de reduzir esse quadro. Segundo o coordenador-geral da transição, Hélio Doyle, serão necessários alguns meses para mudar a cara da estrutura governamental. Além disso, para Doyle, as mudanças que o atual governo está realizando na estrutura de servidores comissionados dificultarão o trabalho de Rollemberg. “Nosso ponto de referência quanto a isso serão os números da campanha, de 10 mil servidores de livre provimento, porque o governo está bagunçando os cargos. Demitindo uns, promovendo outros, como uma espécie de prêmio, e extinguindo cargos, o que será ruim para nós”, criticou, ao afirmar que o melhor para Rollemberg seria ter os cargos livres para, a partir daí, decidir se os extingue ou não.
Redução
O receio do coordenador é ser prejudicado pela proposta de autoria do deputado distrital Alírio Neto (PEN), protocolado neste ano, em meados de outubro. A lei, já promulgada, obriga o governo a enviar à Casa todo projeto de criação ou extinção de cargos e órgãos públicos. Os empregos seriam cortados apenas com autorização dos distritais, muitos dos quais com interesse em indicar nomes para compor a equipe do Executivo.
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