A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (19/4), em Porto Velho/RO, uma operação para desarticular a associação criminosa que tentou fraudar o concurso público para técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14ª Região. A prova foi realizada em 28 de fevereiro, com a banca organizadora Fundação Carlos Chagas. Segundo assessoria do Tribunal e da banca, como não há elementos que indiquem fraude concreta, os procedimentos do concursos seguem normalmente.
As investigações iniciaram na data do concurso com a prisão de três membros do grupo. Na ocasião, dois candidatos foram flagrados divulgando indevidamente o conteúdo de questões do concurso ainda em andamento. A pessoa que recebeu as informações sigilosas repassadas pelos candidatos também foi presa.
Participam da operação 68 policiais federais, que dão cumprimento a 18 mandados de condução coercitiva e a 9 mandados de busca e apreensão.
No decorrer das investigações, a Polícia Federal identificou outros envolvidos, os quais estão sendo conduzidos para a Superintendência da Polícia Federal em Rondônia para prestar esclarecimentos.
Os crimes investigados – fraude em certames de interesse público e associação criminosa – preveem penas que, somadas, podem chegar a 7 anos de reclusão.
O concurso
O concurso, que envolve os estados do Acre e Rondônia, teve 23.198 mil candidatos inscritos para seis vagas nos cargos de analista e técnico judiciário.
A banca organizadora do certame foi a Fundação Carlos Chagas (FCC). As oportunidades, para nível médio e superior, oferecem salários entre R$ 5.365,92 e R$ 8.803,97, respectivamente.
As provas foram aplicadas em 28 de fevereiro, nas cidades de Porto Velho/RO,Paraná (RO) e Rio Branco (AC).