'Mesmo com retenção de concursos, máquina pública não pode parar', diz especialista
Só em Brasília, pelo menos quatro órgãos abriram vagas, dentre eles o Corpo de Bombeiros e a Funpresp-Jud
12/07/2016 10:16 | Atualização: 12/07/2016 10:33
Em Brasília, os destaques vão para as seleções abertas pelo Corpo de Bombeiros, Funpresp-Jud, Conselho de Educação Física e Fiocruz. A escassez de vagas na capital, porém, não desanima a recepcionista Clarice Figo, 23 anos, que estuda há dois anos para concursos públicos. “O pais atravessa um período muito delicado. Enquanto a situação econômica não melhora, vou continuar estudando e torcendo para os editais serem liberados o mais breve possível”, afirmou.
O especialista em concursos públicos do IMP Concursos Públicos, Carlos Alfama, explica que, apesar da contenção na divulgação de editais, o governo sempre vai precisar de funcionários. “Mesmo com toda retenção dos concursos públicos, a máquina da administração não pode parar, ou seja, toda essa situação uma hora vai mudar, e só quem estiver preparado vai conseguir uma oportunidade. Estudar para um concurso é um projeto de médio a longo prazo”, considerou.
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Surpresas
O estudante Pedro Novak, 21 anos, está analisando a possibilidade de tentar vagas em outros estados. “A maioria das vagas é em outras regiões, e eu estudo os editais das matérias semelhantes. Não custa arriscar de vez em quando,” afirmou. Segundo Alfama, o momento é apropriado para aproveitar vagas disponíveis em outras regiões, porém, é necessário conhecer a cidade e o cargo a que vai concorrer, para não ter surpresas desagradáveis. “Tentar uma cargo publico em outro estado é uma possibilidade, mas depende muito dos planos do estudante. Caso o concurseiro já tenha uma vida estabilizada, o aconselhável é aguardar a abertura de novos editais na região de origem”, explicou.
Com tantos problemas econômicos no Brasil, muitos brasileiros tem cortado gastos com cursinhos preparatórios e continuam estudando em casa. Na avaliação de Alfama é necessário persistir nos estudos. “Caso o aluno não tenha condições de arcar com as aulas tradicionais, pode optar por aulas on-line, que costumam ser mais baratas. “Só não pode deixar de estudar”, avaliou.
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