
“A carência de servidores é latente. Tendo como referência os últimos concursos, o número de vagas do edital não deve ser uma preocupação. No concurso de 2008 também foi assim e o número total de convocados se aproximou de mil. Bem como o fato de o concurso ter validade de dois anos, prorrogável por mais dois, e um número elevado de aposentadorias que vão acorrer nos próximos anos. Tudo isso gera mais expectativa de nomeações”, explica. Para ele, o maior número de convocações será para técnico área administrativa e analista área judiciária.
Além disso, um diferencial deste certame é o aproveitamento de aprovados para outros órgãos do Poder Judiciário. Fato que não foi autorizado no último concurso, realizado em 2015. “Órgãos como o Conselho da Justiça Federal e outros Tribunais do Distrito Federal são os que mais aproveitam estes aprovados. Então, haverá muitas oportunidades”, prevê.
Quem deseja garantir uma das vagas deve começar se preparar o quanto antes. Amorim acredita que, por se tratar de um concurso para Tribunal Superior, o nível das provas será mais difícil. Com isso, um conhecimento superficial não será suficiente.
O foco de cada candidato vai variar conforme o cargo pretendido. O professor explica que, para analista área administrativa, que exige formação superior em qualquer área, a parte de conhecimento específico (80 itens) será dívida apenas em três disciplinas, o que vai exigir um conhecimento mais vertical. Já para o cargo de técnico administrativo, de nível médio, surgiram, neste edital, matérias jurídicas que não haviam sido cobradas nos concursos anteriores.

As novidades deste edital também merecem atenção do candidato. Neste certame, serão cobrados 40 itens de conteúdo básico e 80 de especifico. No concurso anterior foram 50 de básico e 70 de específico. “Essa é uma diferença importantíssima, pois o foco do candidato deve levar isso em consideração. O estudo deve ser pautado muito nisso”, explica Amorim.
Outra diferença foi destacada na avaliação discursiva, que vai valer 40 pontos e vai cobrar conteúdos específicos de nível superior e atualidades para o nível médio. Além disso, merece atenção o conteúdo jurídico que veio em maior quantidade para técnico área administrativa.
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Expectativa

Maria Gabriel Pitton, 26, é formada em letras, mas não descarta concorrer a uma vaga na área administrativa do STJ, apesar de ter como objetivo passar em um concurso para o Ministério Público da União (MPU). Ela tem consciência que em sua área de formação terá de trabalhar três turnos para ganhar o suficiente para viver, e uma carreira no serviço público pode ser a solução.
O concurso
O edital do STJ ofereceu cinco vagas imediatas e cadastro reserva para técnicos e analistas. Os salários vão de R$ 6.708,53 a R$ 11.006,82, respectivamente. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) é o responsável pela seleção.Quem tem nível superior em qualquer curso pode concorrer à área administrativa; formados em direito, por sua vez, podem concorrer tanto à área judiciária (detentora exclusiva das chances imediatas) quanto ao cargo de oficial de justiça avaliador federal. Há ainda chances para formados em biblioteconomia, fisioterapia, odontologia (nas especialidades em odontopediatria e periodontia) e psicologia. Já candidatos com nível médio podem optar pelas áreas administrativa, de desenvolvimento de sistemas, enfermagem, suporte técnico e telecomunicações e eletricidade. Saiba mais em: STJ abre concurso público com salários de R$ 6 mil a R$ 11 mil
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* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira