Concurso, CorreioWeb, Brasília, DF

Especialista dá dicas para concurso que vai oferecer 750 vagas para o GDF

As vagas para a carreira de políticas públicas de gestão governamental foram autorizadas no início de abril. Haverá chances de gestor e analista com salários de R$ 6.760 e R$ 4.480, respectivamente

26/04/2018 11:15 | Atualização: 26/04/2018 11:32

Mariana Fernandes

Arquivo Pessoal
Anderson Ferreira, professor e escritor das disciplinas de Administração Financeira e Orçamentária, Lei de Responsabilidade Fiscal e Administração Pública
"Em tempos de poucos editais e poucas vagas em concurso, um certame com 750 chances para o GDF é um grande atrativo e merece muita dedicação e preparo", aponta Anderson Ferreira, professor de administração financeira e orçamentária e administração pública do IMP Concursos. 

O conselho é para quem deseja se preparar pra garantir uma vaga na carreira de políticas públicas de gestão governamental (PPGG) no GDF. A autorização de 750 vagas foi anunciada no início de abril pelo governador Rodrigo Rollemberg. Do total de chances, 100 vagas serão imediatas para o cargo de gestor e 150 para analista. O concurso também prevê 200 cadastros de reserva para gestores e 300 para analistas. 

A maioria dos aprovados atuará nas administrações regionais, com o objetivo de profissionalizar a gestão pública. Para o cargo de gestor, o salário inicial para 40 horas de trabalho é de R$ 6.760 e para analista é de R$ 4.480. Para concorrer será preciso ter formação em nível superior.  

Segundo a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal (Seplag DF), o  processo  está na fase da construção de projeto básico - documento que define o objeto do contrato, além de regras e prazos. E, a expectativa é que o lançamento do edital aconteça em até 180 dias após a data de autorização do concurso, feita no dia 4 de abril.

Prepare-se

Já para o professor Ferreira,  o edital deve ser publicado em junho ou julho e a expectativa é de que a prova seja aplicada em setembro, levando em consideração que a Lei dos Concursos no DF estabelece o prazo mínimo de três meses do edital para a prova, e que ainda não foi definida a banca examinadora. Sendo assim, Ferreira enfatiza que, ao menos cinco meses, devem estar garantidos ao candidato para dedicação nos estudos. "Não é um tempo muito folgado, mas é suficiente para se organizar e estudar", comenta.

Segundo o professor, como não existe uma referência de edital anterior de concurso para essa carreira, no primeiro momento a orientação é que aluno se preparando com base na carreira da União. "Culturalmente a gente acompanha esse concurso e o aluno pode se espelhar por ela.  Portanto, é importante que antes de sair o edital, estude pelas disciplinas que são comuns ao cargo de especialista em políticas públicas e gestão governamental da União do Governo Federal",diz.

Segundo ele, o candidato pode focar nas seguintes disciplinas: direito constitucional, português, direito administrativo, administração pública, gestão governamental, Lei Orgânica do DF, realidade do DF, Lei 840, estatística, raciocínio lógico, direito financeiro, finanças públicas, administração financeira orçamentária, ciência política e políticas públicas. Lembrando que todas estas são para garantir uma boa base aos cargos de gestor e também de analista. Além disso, deve-se incluir economia e contabilidade pública apenas para quem deseja ingressar no cargo de gestor.  "Estas disciplinas devem ser adotadas como referência e é o que o aluno tem de mais próximo para começar a estudar o quanto antes for possível”, diz.

Uma dica é montar uma planilha de estudos com as disciplinas mencionadas. "Começando a estudar antes do edital, o candidato certamente terá vantagem. Com certeza, no mínimo 80% dessas disciplinas vão cair na prova e assim, logo que sair o edital, ele vai apenas refinar o ritmo de estudos e dar ênfase naquilo que é mais importante e dar mais foco para as matérias que talvez tenham mais peso", pontua.

Outra vantagem é se preparar adequadamente para as disciplinas de economia, contabilidade, ciência política e políticas públicas.  "Estas são questões que não estão presentes em outros concursos públicos básicos. Então, o candidato que se antecipar no estudo delas, que são tão diferenciadas para esta carreira, também vai levar uma vantagem competitiva".

Sobre a banca organizadora, Ferreira explica é muito difícil definir qual será por se tratar de um concurso de carreira nova no GDF. Mas, arrisca um palpite.  "O que podemos dizer é que a Fundação Carlos Chagas, a Fundação Universa e o Cebraspe foram organizadoras de concursos recentes do GDF. Ou seja, há uma tendência para que uma destas organiza esse certame",diz.

Atrativos


Ferreira acredita que o principal atrativo desta carreira é, sem dúvidas, o número de vagas e a expectativa de boas nomeações. “A partir do momento que o governador do DF divulgou a informação em vídeo e nas redes sociais, despertou ainda mais interesse. A partir disso, acredita-se na real intenção  do governo de nomear estas 750 pessoas. Nos tempos atuais de crise e baixo número de editais ou editais com poucas vagas, este número atrai bastante. Com certeza é o principal atrativo dessa seleção”, enfatiza.

O certame também oferece uma boa carreira, dada a diversidade de atuação.  "O servidor que tiver a oportunidade de ingressar nesta carreira vai poder atuar tanto na área fim do GDF, quanto na gestão governamental. Na área fim, ele poderá atuar em qualquer uma das Secretarias, como Saúde, Educação, Mobilidade e Criança ou também ser um especialista que atue em políticas públicas, como na área da Defesa, Segurança e Transporte. Já na parte de gestão governamental, poderá trabalhar nas administrações do DF e atuar na parte de pessoal, treinamento e capacitação. Ou seja, é uma carreira muito diversificada, onde o profissional pode trabalhar alguns anos com um tema e depois escolher outra área”, explica.

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