Para concorrer a um dos cargos de analista judiciário, é necessário ter concluído curso de graduação na área de atuação, ou ter diploma de nível superior em qualquer curso acrescido de certificado de pós-graduação em ciência da computação e tecnologia da informação para as especialidades de análises de sistemas e suporte em tecnologia da informação, respectivamente. Os cargos nas áreas de biblioteconomia e psicologia exigem registro no conselho regional de cada categoria; e os do campo médico requerem certificado de residência médica no ramo de atuação. Os que vão disputar uma vaga de nível médio devem ter ensino médio completo; curso profissionalizante de auxiliar de enfermagem ou cursos de programação de sistemas são pré-requisitos para os que desejam trabalhar nas áreas de enfermagem e de programação de sistemas, respectivamente. Os salários são de R$ 5.425,79 para nível médio e de R$ 8.863,84 para nível superior. O prazo para inscrições começa na quinta-feira (22) e termina em 8 de novembro.
Dedicação
Num cenário com escassa oferta de vagas de concurso, a seleção do TJDFT é uma grande oportunidade e promete ser disputada. Portanto, dedicar-se é primordial. É o que explica Aragonê Fernandes, professor de direito constitucional do IMP Concursos. “Já seria uma boa chance antes da crise porque o órgão, além de ser um bom local para trabalhar, costuma chamar muitos candidatos para nomeação. Agora, torna-se uma oportunidade excelente”, afirma. Ele destaca a importância da parte de direito constitucional para os que vão concorrer a uma vaga da área judiciária. “O candidato que estuda bem essa disciplina acaba acertando muitas questões de direito administrativo, penal e de processo penal”, aponta. Ele ainda dá a dica: “O Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) tem trazido diversas questões que abordam situações ligadas a julgamentos recentes dos tribunais superiores. O examinador espera que o candidato responda de acordo com o que foi julgado.”
Saiba Mais
Entenda o concurso
A seleção é formada por provas objetivas — com 50 questões de conhecimentos básicos e 70 de específicos — e discursiva. Entre os conteúdos básicos estão língua portuguesa, ética no serviço público, atualidades, noções de informática (exceto para os cargos nas áreas de análise de sistemas, suporte em tecnologia da informação e programação de sistemas), noções de língua inglesa (somente para as funções nos ramos de análise de sistemas, suporte em tecnologia da informação e programação de sistemas). As matérias específicas variam conforme o posto. A prova discursiva consiste na redação de texto dissertativo de até 30 linhas sobre temas relacionados aos conhecimentos específicos do ramo de atuação do candidato.
A fim de otimizar a preparação em língua portuguesa, o professor do Ifar Vítor Barbosa indica a divisão dos conteúdos em três grupos. “No primeiro, o candidato deve estudar as regras gramaticais, como análise sintática, pontuação e crase; no segundo, deve focar nas regras de construção das palavras, na parte ortográfica, de acentuação e no acordo ortográfico; e no terceiro, interpretação e significação de expressões documentais, além de pronomes de tratamento.” O professor ressalta que, apesar de o edital deixar claro que aceitará a ortografia antiga na redação, “isso não significa que as questões da prova não cobrarão as mudanças trazidas pelo acordo”, avalia.
Professor de noções de informática no Alub, Henrique Barbosa Sodré indica tópicos que não podem ser deixados de lado. “Na parte do Windows, é preciso conhecer o painel de controle e o Windows Explorer; já em de segurança de informação, estude os códigos maliciosos. É importante também revisar as fórmulas do Excel”, indica. Ele explica que a abordagem do Cespe para itens da matéria é mais direta e pouco contextualizada. “Para compreender os pontos relacionados aos programas, é primordial resolver as últimas provas, com computador à frente, para se familiarizar com as plataformas e sanar dúvidas. Já os conteúdos teóricos exigem leitura de apostilas e livros didáticos”, orienta.
O que diz o edital
Inscrições: de quinta-feira (22) a 8 de novembro pelo site www.cespe.unb.br
Taxas: R$ 95 (analista judiciário) e R$ 65 (técnico judiciário)
Vagas: 80 vagas imediatas e formação de cadastro reserva
Salários: R$ 8.863,84 (analista judiciário) e R$ 5.425,79 (técnico judiciário)
Provas: 20 de dezembro (de manhã para nível superior e à tarde para nível médio)
Local de prova: Distrito Federal
Passe bem / Língua portuguesa
O vocativo adequado, na elaboração de expediente oficial dirigido ao emitente da comunicação em apreço, seria “Digníssimo Senhor”, seguido do nome do cargo
correspondente.
Comentário
Item errado. Concursando, fique atento ao que realmente interessa na questão. O texto é confuso, mas o erro está claro. Veja o que estabelece o Manual de Redação Oficial da Presidência da República: “Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) [...]. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.”
Questão retirada do concurso do Superior Tribunal de Justiça para cargos de analista judiciário e de técnico judiciário, realizado em 2015, comentada pelo professor de língua portuguesa Vítor Barbosa.