No caso do Metrô, que está em greve há quatro dias, além das nomeações, os aprovados pretendiam ter maiores explicações sobre a abertura de uma licitação para contratar terceirizados em detrimento dos concursados, anunciada no Diário Oficial em outubro. Entretanto, o presidente da empresa, Marcelo Dourado, que havia sido convidado para participar da comissão geral no plenário da Casa, faltou ao encontro. O contrato envolveria recursos de cerca de R$ 35 milhões, valor superior ao necessário para contratação dos 246 aprovados para agente de segurança que aguardam convocação.
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O caso da CEB é mais antigo. Ao contrário do Metrô, que teve o concurso lançado em 2014, o edital da companhia foi aberto em 2012. As nomeações foram abordadas durante uma audiência pública no auditório da Câmara. A categoria não está paralisada, mas ameaça entrar em greve a partir do próximo dia 9.
Porém, também neste caso, os funcionários terceirizados atrapalham as nomeações. Segundo o diretor do Sindicato dos Urbanitários, Alairton de Farias, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o Ministério Público prevendo a substituição gradual de terceirizados por concursados até 2018, mas, segundo ele, até o momento a reestruturação não foi feita.
O governo de Brasília informou qo Correio que está impedido, por força da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de realizar nomeações de candidatos a cargos públicos, com exceção de reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança, estando, mesmo assim, obrigado a comprovar de onde virão os recursos para o pagamento dos profissionais. Até que se reduza o índice de gastos com folha de pagamento, a lei proíbe que o governo conceda aumentos, crie cargos, altere estruturas e tome quaisquer medidas que gerem ônus aos cofres públicos.