Segundo o anúncio, será exigido nível superior de candidatos a professor e analista e nível médio para quem for disputar os cargos de monitor e técnico. Mas, de acordo com a assessoria da Secretaria de Educação, ainda não há informações sobre as áreas que serão abertas para os cargos autorizados, tampouco sobre qual empresa vai organizar a seleção. O último concurso para professor do DF foi para Educação Básica e teve a validade prorrogada por mais dois anos, a partir de maio deste ano. O processo seletivo foi organizado pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação – IBFC e foram disponibilizadas 804 vagas para diversas áreas, como história, geografia, artes, biologia, informática, línguas estrangeiras, português, matemática, música, nutrição, química, sociologia, entre outras.
De acordo com a tabela de remunerações do GDF, professores com licenciatura plena recebem remuneração inicial de R$ 2.618,57, para 20h horas de trabalho e R$ 5.237,13, para 40h. Mas, com a obtenção de doutorado, o salário pode chegar a R$ 4.600,24 e R$ 9.200,47, respectivamente.
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Os analistas, por sua vez, têm remuneração inicial para graduados de R$ 2.446,19 (30h) e 4.076,99 (40h), mas os valores podem chegar a R$ 6.638,97 (30h) e R$ 8.928,94 (40) para quem obtiver doutorado ao longo da carreira.
Vagas insuficientes
Para Cláudio Antunes, diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro/DF), o concurso será feito de forma precária. “O número de oportunidades não será o suficiente, duas mil vagas é muito pouco para a necessidade que a rede pública tem hoje. Para se ter uma ideia, só entre o ano passado e esse ano houve mais de 800 aposentadorias, o que já cobre a quantidade de vagas imediatas anunciadas”. O diretor defende que o cadastro reserva deva ser maior para que haja maior possibilidade de convocação de aprovados. “Esse concurso pode cobrir o atraso de, mais ou menos, um ano e meio a dois anos de déficit de profissionais, mas como o GDF tem o costume de prorrogar a validade das seleções por mais dois anos, o governo deve enrolar a categoria por mais dois anos até que lançar novo edital. Foi o que aconteceu com o cargo de professor de atividades – que dá aulas de Educação Infantil -, que há dois anos não tem concursados, mesmo sendo necessário em praticamente metade das escolas do DF”, reclama Antunes.
Temporários
Em março, o GDF autorizou a contratação de 1.150 professores temporários para atuação no ano letivo de 2016. O quantitativo foi distribuído em 661 escolas públicas, o que corresponde a 50 mil horas de aula. Eles ocupam vagas de professores efetivos em licença ou que exercem cargos de coordenação nas escolas (podem ainda ser chamados para postos exclusivos de efetivos, caso não haja profissionais disponíveis). Com as outras 4,6 mil contratações temporárias (ou 180 mil horas de aula) autorizadas em janeiro, a pasta conta com 5.750 professores para este ano, o que significa 230 mil horas durante todo o ano.