Concurso, CorreioWeb, Brasília, DF

PRF forma grupo de trabalho para elaborar novo edital de concurso

Última seleção ofereceu 1.000 oportunidades de nível superior

25/08/2016 11:50 | Atualização: 25/08/2016 16:55

Lorena Pacheco

Ed Alves/CB/D.A Press
Mais uma boa notícia para os concurseiros de plantão. Cinco servidores foram escolhidos para compor o novo grupo de trabalho que tem como objetivo elaborar proposta de edital de concurso público para a Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com portaria divulgada pela PRF e pelo Ministério da Justiça, o grupo deverá concluir suas atividades até 30 de novembro, com possibilidade desse prazo ser estendido por mais 30 dias.

Ao que tudo indica um novo concurso será lançado ano que vem ou até antes de 2016 acabar. Contudo, a reportagem entrou em contato com a assessoria da PRF e não obteve resposta quanto a prazos e quantidade de vagas a serem disponíveis. Em junho de 2015, a PRF renovou, junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o pedido para abertura de concurso com 1.500 vagas para policial rodoviário federal. Na época existiam 3.000 cargos vagos na função.

Em entrevista ao Correio, em julho passado, Deolindo Paulo Carmel, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), afirmou que a fronteira está fragilizada. “Temos previsão legal de 13.098 vagas e contamos com um quadro de 10.290. Isso não quer dizer que não precismos de mais que essa quantia. O TCU (Tribunal de Contas da União) avaliou que o ideal seriam 16 mil funcionários.” Carmel crê que será aberto concurso para o órgão antes de 2018. “Trabalhamos em prol de sensibilizar o governo interino sobre essa necessidade, e o certame poderia ser autorizado este ano. Por mais que estejamos em crise, é preciso entender que investir em policiais é investimento e não gasto.” Saiba mais em: Bancos Central, PF, PRF e Receita estão entre carreiras com maior deficit de pessoal

O último concurso do órgão foi lançado em 12 de junho de 2013 e esteve válido até 23 de maio deste ano. Ao todo, foram oferecidas 1.000 oportunidades, sendo 50 para deficientes, para lotação em todos os estados brasileiros, com preferência para as regiões de fronteira.

Para participar foi exigido diploma de nível superior em qualquer área de formação e carteira nacional de habilitação (CNH) na categoria "B". A remuneração inicial do cargo foi de R$ 6.418,25, incluindo o auxílio-alimentação, de R$ 373. A jornada de trabalho semanal é de 40 horas.

A banca organizadora foi o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) e a seleção contou com várias etapas: prova objetiva de conhecimentos específicos, prova discursiva, exame de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, investigação social, avaliação de títulos e curso de formação profissional.

Foram contabilizadas 109.769 pessoas inscritas, o que correspondeu a uma concorrência média de, aproximadamente, 109 candidatos por vaga, que pagaram taxa de R$ 150 para participar do processo seletivo.

Demora e reclamações
O concurso foi marcado por demora nas nomeações dos aprovados, que tinham expectativa de serem chamados para atuar na Copa do Mundo, que aconteceu entre junho e julho de 2014. Porém, em agosto daquele ano, 950 aprovados já tinham mais de dois meses da formatura no curso de formação, mas sem atuação.

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