O professor de informática para concursos do IMP Deodato Neto avalia que a situação está melhor do que o esperado para este ano. Na opinião dele, o enfraquecimento de contratação em empresas privadas acaba sendo um incentivo para quem não via os concursos públicos como uma opção para o futuro. “É uma boa hora. Existem boas opções, como oportunidades no Ministério Público do Rio de Janeiro, além de editais autorizados de seleções para a Polícia Federal e Corpo de Bombeiros”, opinou.
A estudante Priscila Lima, 27 anos, não larga os livros. Formada em história, a jovem resolveu mudar de área, iniciou o curso de direito, e está há seis anos estudando para se tornar servidora pública. Mesmo com a crise que atingiu em cheio as seleções federais, Priscila manteve seu objetivo, quer passar para a Câmara Legislativa, quando abrirem vagas. “O meu foco é lá, porque poderei advogar mesmo sendo concursada”, explica.
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Sem pausa
Esse é o pensamento do aluno de direito Lucas Matheus da Rocha Marques, 20 anos, que há um ano estuda para concursos públicos por conta própria, durante 5 horas e meia, todos os dias da semana. A meta dele é ser aprovado no concurso da Polícia Legislativa, mas no momento não há nenhum edital previsto para o cargo. “Não dá pra esperar para estudar. Geralmente, as inscrições abrem três meses antes da prova, não é tempo suficiente para se preparar”, afirma.
O estudante de direito Geovany Rodrigues da Silva Ferreira, 19 anos, escolheu se preparar para concursos após as experiências de estágio durante o ensino médio, no Tribunal Superior do Trabalho e no Tribunal de Justiça do DF e Territórios. “Percebi que gostaria de fazer o mesmo que meus chefes”. Ele diz que os bons salários e a tão sonhada estabilidade financeira o motivam. Estudando há um ano, ele vê as suspensões como um bom momento para adquirir conhecimento e estar um passo à frente daqueles que se desiludiram com a situação.