Quer ser pesquisador?
Dois editais são destinados ao cargo de pesquisador em saúde pública. Os interessados precisam ter feito graduação e mestrado. Alguns perfis permitem a participação de formados em qualquer área, desde que tenham feito mestrado em ciências da saúde. Há ainda chances para várias outras formações específicas. O primeiro edital tem 16 vagas, para atuação em Brasília (3), Belo Horizonte (2), Curitiba (2), Fortaleza (2), Manaus (1), Porto Velho (2), Recife (1), Salvador (2) e Teresina (1). O segundo edital é exclusivo para a cidade do Rio de Janeiro e oferece 42 vagas. A seleção é formada por uma prova discursiva com duas questões de conhecimentos específicos e por análise de títulos e currículo.
Saiba Mais
O médico dermatologista Dayvison Francis Saraiva, 38 anos, se tornou, em 2014, pesquisador da Fiocruz. “A empresa reúne um tripé muito importante para mim: pesquisa, ensino e assistência para comunidade”, lembra ele que fez mestrado e doutorado em dermatologia e doenças infecciosas da pele na própria Fiocruz. “Além de ter experiência, o candidato precisa escolher uma área com a qual queira trabalhar o resto da vida” diz.
Quer ser técnico?
O terceiro edital da Fiocruz contém 61 vagas para o cargo de técnico em saúde pública para a atuação em Rio de Janeiro (45), Belo Horizonte (2), Curitiba (2), Fortaleza (2), Manaus (4), Recife (3), Porto Velho (2) e Salvador (1). O posto é destinado a pessoas com curso técnico em análises clínicas, agropecuária, biblioteca, biotecnologia, construção civil, enfermagem, eletrônica, eletrotécnica, equipamentos biomédicos, farmácia, informática, vigilância em saúde ou zootecnia. O concurso público é composto de uma prova objetiva com 60 questões de múltipla escolha (20 de língua portuguesa, 10 de raciocínio lógico e 30 de conhecimentos específicos). Para alguns cargos, uma prova prática será realizada nos laboratórios da empresa, em data e horário a serem definidos em edital complementar.
O professor de raciocínio lógico do Gran Cursos Online Josimar Padilha explica que a disciplina está dividida em três partes: lógica de primeira ordem (filosofia e relações lógicas), matemática e habilidades. “No primeiro caso, é importante perceber referências lógicas e linguagem, porque não podemos interpretar o conteúdo da informação e sim as relações existentes entre os pensamentos. Em matemática, é comum, independentemente da banca, cobrar questões de análise combinatória e probabilidade. Quando se fala em habilidades, é importante notar que a empresa busca alguém que consegue fazer relações arbitrárias entre pessoas, lugares e eventos fictícios, então as questões buscarão revelar isso, pois o bom funcionário não apenas detém conteúdo, mas sabe lidar com as situações do dia a dia”, afirma. Como material de estudo, o professor sugere o livro Raciocínio Lógico-Matemático Fundamentos e Métodos Práticos, de autoria dele (editora Juspodivm, 576 páginas, R$ 74,90).
As questões de língua portuguesa tendem a seguir um padrão, segundo Marcus Vinícius Faria, professor da matéria no Degraus Concursos. “As últimas provas apresentam questões baseadas no processo de interpretação, então é importante que o aluno tenha uma boa leitura. Vale a pena também prestar atenção em significação vocabular e sinonímia (palavras que apresentam basicamente a mesma ideia), concordâncias verbais e nominais e período composto, principalmente conjunções”, aconselha. “O candidato deve estudar, com carinho, pronomes, principalmente relativos e demonstrativos. Já que a prova cobra redação oficial, pronomes de tratamento e implicações do tratamento devem ser dominados”, sugere ele, que indica a Gramática Completa para Concursos e Vestibulares — Nova Ortografia de Acordo com o Volp (Nilson Teixeira, Editora Saraiva, 512 páginas, R$ 39,70) para consulta.
Passe bem/Raciocínio lógico
Em um reino distante, um homem cometeu um crime e foi condenado à forca. Para que a sentença fosse executada, o rei mandou que construíssem duas forcas e determinou que fossem denominadas de Forca da Verdade e Forca da Mentira. Além disso, ordenou que na hora da execução o prisioneiro deveria proferir uma sentença assertiva qualquer. Se a sentença fosse verdadeira, ele deveria ser enforcado na Forca da Verdade. Se, por outro lado, a sentença fosse falsa, ele deveria ser enforcado na Forca da Mentira. Assim, no momento da execução, foi solicitado que o prisioneiro proferisse a sua asserção. Ao fazer isso, o carrasco ficou completamente sem saber o que fazer e a execução foi cancelada! Assinale qual das alternativas representa a asserção que o prisioneiro teria proferido.
a) “Está chovendo forte”.
b) “O carrasco não vai me executar”.
c) “A soma dos ângulos de um triângulo é cento e oitenta graus”.
d) “Dois mais dois é igual a cinco”.
e) “Serei enforcado na Forca da Mentira”.
Comentário:
À primeira vista, a situação das duas forcas parece absurda, porém, quando analisamos pelo ponto de vista lógico, é possível interpretar que existem pensamentos passíveis de valoração (V ou F) e sentenças abertas. O carrasco não soube o que fazer, pois ouviu algo que não conduzia à Forca da Verdade nem à da Mentira. Isso se deve ao fato de que era um pensamento completo — que não era nem verdadeiro nem falso —, ou seja, uma sentença aberta.
a) É uma proposição que pode ser julgada como verdadeira ou falsa, e ele seria executado de qualquer forma.
b) É uma proposição, no caso falsa, ele seria executado na Forca da Mentira.
c) É uma proposição verdadeira, então ele seria executado na Forca da Verdade.
d) É uma proposição falsa, e o suspeito seria executado na Forca da Mentira.
e) A sentença não é nem verdadeira nem falsa. Se tentarmos valorá-la como verdadeira, ela se torna falsa. Se tentarmos valorá-la como falsa, ela se torna verdadeira, ou seja, não tem valoração e é uma sentença aberta.
Questão retirada do concurso da Polícia Civil de São Paulo de 2014, comentada pelo professor Josimar Padilha
Gabarito: letra E
O que diz o edital
Concursos públicos para pesquisador em saúde pública e técnico em saúde pública
Inscrições: até 9 de outubro pelo site concurso.fiotec.fiocruz.br
Vagas: 120 (42 para pesquisador com locação no RJ, 16 para pesquisador em outras nove cidades do país incluindo Brasília, e 61 vagas para técnicos em oito cidades)
Salários: R$ 2.476,49 (nível técnico) e R$ 5.582,63 (nível superior)
Taxa: R$ 100 (nível técnico) e R$ 220 (nível superior)
Data da prova: 20 de novembro
Locais de prova: Brasília (somente para pesquisador), Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto Velho, Recife, Salvador, Teresina e Rio de Janeiro