Desde de 2008 não é aberto processo seletivo para o cargo de oficial de chancelaria, que exige nível superior e é responsável pela gestão administrativa do MRE. Foram abertos 150 chances, na época, com salário de R$ 4.818,38. A Fundação Carlos Chagas (FCC) foi a responsável pelas provas objetivas e discursivas. Houve ainda curso de formação.
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Na última seleção, 10.893 candidatos disputaram as 150 vagas. Desde então, o Itamaraty registrou 160 pedidos de afastamento, tornando as 60 vagas liberadas insuficientes. A lei n° 12.601/2012 determinou a criação de 893 cargos para oficiais de chancelaria com provimento gradual. “As vagas são insuficientes para a necessidade, mas a ação do governo sinaliza um começo ante as várias necessidades do Itamaraty”, disse ao Correio, em junho, a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Sandra Nepomuceno.
A presidente da Associação dos Oficiais de Chancelaria, Soraya Castilho, cobra mais oportunidades. “Há mais de 70 anos existem concursos anuais para diplomatas com vagas garantidas. A nossa realidade é bastante diferente, e essas vagas não suprem a demanda da diplomacia atual”, comenta. Há ainda outro impasse para preencher o quadro de oficiais de chancelaria. “Há candidatos aprovados, que fizeram o curso de formação às custas do ministério no último concurso, que ainda não foram chamados. Essas pessoas estão entrando na Justiça e devem conseguir”, espera.