Concurso, CorreioWeb, Brasília, DF

Saiba como ter controle emocional em três fases decisivas dos concursos

A maneira como o concurseiro reage à divulgação da concorrência, do gabarito e do resultado final pode influenciar diretamente o rendimento na seleção

12/05/2016 16:21 | Atualização: 12/05/2016 16:39

Do CorreioWeb

Kléber Sales/CB/D.A Press
Três momentos são divisores de águas na vida dos concurseiros: as divulgações da concorrência da seleção, do gabarito das provas e do resultado final do concurso. Saber como agir diante deles é essencial para assegurar o controle emocional durante a reta final de estudos e também para concorrer em outro processo seletivo, em caso de reprovação. O professor de direito penal do IMP Concursos Carlos Alfama e o especialista em comportamento Bruno Fracalossi, do Ponto dos Concursos, orientam os concurseiros a não se desesperar nessas situações e dão dicas sobre como agir em cada um desses momentos.

Concorrência monstro

Para o professor Carlos Alfama, a divulgação do número de concorrentes desestimula muita gente, mas o melhor é usá-la como motivação para aumentar o nível de estudo. Segundo ele, a forma de encarar o volume da concorrência é decisiva e pode representar uma aprovação ou uma reprovação. “Posso afirmar isso por experiência própria. Fiz uma prova de concurso e quando saiu a concorrência, eu praticamente parei de estudar, deixei de acreditar que a minha aprovação seria possível. Quando o resultado foi divulgado vi que fiquei de fora por apenas duas posições. Se não tivesse me abalado, poderia ter conquistado a vaga”.

Bruno Fracalossi lembra que o exemplo mais recente para essa situação é a concorrência para o concurso do INSS, que teve mais de um milhão de inscritos. “Cerca de 10% a 15% do total de candidatos inscritos fazem realmente o dever de casa, ou seja, estudam com foco, dedicação e método adequado. O restante está lá por motivos diversos, como treinamento, ‘oba-oba’, cobrança de parentes etc. Eles não são concorrentes em potencial para quem estuda direito”, aponta.

Gabarito
De acordo com o professor Alfama, quando o gabarito é divulgado o candidato já fez tudo o que podia ser feito. “Nesse momento é melhor esquecer, buscar algo que dê prazer e esperar. Pode ser que a nota de corte mude. Se couber recurso, também vale a pena procurar um profissional para tentar reverter a situação”, aconselha.

“Sem chão. É assim que ficamos após corrigirmos um gabarito ruim. Um fator como esse, que você não consegue influenciar, deve ter menor proporção nesse momento. No meu caso, posso dizer que nunca fiquei mais do que uma semana desanimado. Sempre me levantei rapidamente e voltei ao ritmo. Quase sempre as coisas ruins têm um motivo para acontecer. A grande diferença entre aqueles que conseguem realizar os seus sonhos daqueles que não conseguem é o fato de conseguir superar a decepção rapidamente”, incentiva Bruno.

Resultado final

Alfama entende que diante de uma reprovação, o pensamento deve envolver a idéia de que é uma situação que acontece com todo mundo. “A reprovação também pode representar um passo mais perto da aprovação, pois o estudo não é desperdiçado e sim acumulado”.

Para o coach Fracalossi, são poucos os concurseiros que nunca foram reprovados em seleções e que ser reprovado faz parte do processo natural de estudo para concursos. “Os maiores vencedores, em todas as atividades e ramos, já sofreram tombos anteriores. A maioria dos grandes empresários já falhou inúmeras vezes até atingir o sucesso. Se houver a reprovação, tire constatações do que você fez de errado, e não cometa os mesmos erros. O que eu afirmo, com toda certeza, é que aqueles que não ficam se lamentando por não terem conseguido a aprovação serão os primeiros colocados nos próximos certames”.

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