Uma boa notícia para quem estuda para conquistar uma vaga no serviço público. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), segundo a assessoria do órgão, dever abrir concurso ainda em agosto. O número de vagas ainda não foi definido, mas os concurseiros da capital podem se adiantar e direcionar a rotina de estudos ao estilo das provas feitas pela Fundação Carlos Chagas (FCC), escolhida como banca organizadora do certame.
Haverá chances para analista judiciário, de nível superior, com salários que variam de R$ 4.865 a R$ 10.119; e para técnico judiciário, cuja remuneração vai de R$ 2.965 a R$ 6.617, com gratificações. De acordo com o órgão, haverá cargos de nível superior divididos em área administrativa, judiciária e de apoio especializado (contabilidade, análise de sistemas, suporte em tecnologia da informação, taquigrafia). Para nível técnico, haverá vagas para programação, área administrativa e de segurança administrativa.
Já se sabe que as provas serão realizadas em Brasília e os exames aplicados em horários distintos para os cargos de níveis médio e superior, de forma a permitir a participação de um mesmo candidato em ambos os processos seletivos.
Já se sabe que as provas serão realizadas em Brasília e os exames aplicados em horários distintos para os cargos de níveis médio e superior, de forma a permitir a participação de um mesmo candidato em ambos os processos seletivos.
Os candidatos serão submetidos a provas objetivas, com questões de conhecimentos básicos — entre 50 e 100 itens — e específicos — entre 70 e 100 itens; discursiva e prática apenas para os cargos de analista judiciário com especialidade em taquigrafia e de aptidão física para a especialidade segurança judiciária. O prazo de validade do concurso será de dois anos, prorrogável por mais dois.
Ansiedade
O concurso é esperado desde janeiro, quando o presidente e ministro do TST, Ives Gandra Martins Filho, autorizou o início dos procedimentos, com expectativa inicial de que o regulamento fosse lançado no primeiro semestre. A busca pela estabilidade financeira é o que faz muita gente estudar para passar em um concurso público, e com a concurseira Adriana Reina não é diferente. “Acredito que o TST seja um ótimo local para se trabalhar, tem uma carga horária reduzida. O que eu busco é qualidade de vida, e acredito que o órgão vai me proporcionar isso da melhor maneira.”
Adriana fez um ano de cursinho presencial, mas hoje prefere usar material on-line para tirar as dúvidas que surgem durante os estudos. “As aulas presenciais foram importantes para eu conseguir ter uma boa base, hoje escolhi estudar sozinha, focar em resolução de questões e revisões constantes.”
Sizian Baltasar também está na disputa. Ela é psicóloga, mas abriu mão de exercer a profissão para estudar para concursos em tempo integral. Há um ano e meio, faz cursinho no período matutino e, no resto do dia, revisa a matéria e faz exercícios. “O Poder Judiciário possui um bom plano de carreira, salários bons e um ótimo horário, pretendo concorrer para o cargo de analista judiciário da área administrativa do TST, mas, se abrir vaga para psicólogo, farei também”.
A espera pelo edital é grande, principalmente para saber o número de vagas que serão abertas. Sérgio Bispo, concurseiro há um ano e meio, estuda o conteúdo básico todos os dias e foca em resolução de questões de conhecimento específico. “Estou estudando para esse concurso porque acredito que será aberta uma grande quantidade de vagas para o cargo que quero concorrer, o de técnico.”
Apesar de estudar há apenas seis meses, Domingos Pimentel não tem medo da concorrência, está preparado para concorrer ao cargo de analista do TST. “Também estou estudando para o concurso do TRE/BA, gostaria de trabalhar em um tribunal”.
Dicas
Considerada o calcanhar de Aquiles de muitos concurseiros, a redação já fez com que vários candidatos nem se inscrevessem para seleções que exigem a escrita de textos nos editais. O medo é justificável, já que a fase exige preparação específica e cobra vários critérios de avaliação, como domínio gramatical, acentuação, desencadeamento de ideias, coesão e coerência, entre outros. De acordo com o professor João Dino dos Santos, especialista em provas discursivas de concursos do IGEPP, apesar da dificuldade, é importante que seja cobrada redação discursiva dos futuros servidores, já que revela muito da capacidade cognitiva e da organização lógica das ideias.A FCC tem cobrado temas da atualidade para as redações, mas o assunto específico é muito difícil de adivinhar. O que os candidatos devem se ater é que ela tende a colocar o leitor em uma situação polêmica, para que a redação seja um posicionamento de ideias. O texto será argumentativo, sem a menor dúvida”, analisa o professor. “O importante é acompanhar jornais e estar em sintonia com a agenda nacional, não dá para o aluno que se candidata a um concurso desse nível não estar por dentro de temas como corrupção, meio ambiente e desigualdade social, por exemplo, são sempre assuntos potenciais. Mas, não se preocupe em adivinhar o tema da prova, o aluno tem que saber se posicionar”, aconselha.
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Último concurso
Realizado em 2012, e também sob a regência da FCC, o último concurso do TST registrou nada menos que 76.811 candidatos inscritos que disputaram 37 vagas imediatas e cadastro de reserva. A concorrência média foi extraordinária: 2.075 pessoas por chance. Os candidatos passaram por provas objetivas e discursivas, que ocorreram em Brasília e em Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga. Os salários variaram de R$ 4.052,96 a R$ 6.611,39.Saiba Mais
Inscrições abertas
O TST está com outro concurso aberto, mas para juiz do trabalho substituto. As 132 vagas são destinadas a quem é formado em direito e com no mínimo três anos de atividades jurídicas acumuladas. De acordo com o edital, também lançado pela FCC, o salário é de R$ 27.500. As chances são para lotação em São Paulo (100), Minas Gerais (8), Pará/Amapá (4), Amazonas/Roraima (12), Acre/Rondônia (5), Mato Grosso (2) e Mato Grosso do Sul (1).A seleção contará com prova objetiva, duas provas escritas (discursiva e prática, com elaboração de sentença trabalhista), inscrição definitiva, exame de sanidade física e mental, sindicância da vida pregressa, investigação social, prova oral, avaliação de títulos e curso de formação. Os exames objetivos serão realizados nas 24 cidades-sede dos tribunais regionais do trabalho. As demais etapas serão realizadas exclusivamente em Brasília.
As inscrições ainda estão abertas até 2 de agosto pelo www.concursosfcc.com.br. A taxa é de R$ 275.
Vagas regionais
O único concurso regional aberto para a Justiça do Trabalho é o do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª região (TRT-12), em Santa Catarina. São três vagas de provimento imediato e formação de cadastro reserva para técnicos e analistas judiciários. Os salários vão de R$ 6.376,41 a R$ 12.180,99. O edital oferece uma vaga para o cargo de técnico judiciário da área administrativa para candidatos com nível médio; e duas vagas de nível superior, para formados em direito, aos cargos de analista judiciário da área judiciária (com especialidade oficial de justiça avaliador federal) e analista judiciário sem especialidade. As provas objetivas e discursivas serão aplicadas em 27 de agosto, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Interessados devem se inscrever pelo site www.fgv.br, até 25 de julho. As taxas variam de R$ 90 a R$ 110.Mas ainda há dois editais previstos de TRT’s e que devem sair em breve para o Rio de Janeiro e Goiás. O primeiro, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, confirmou a autorização do lançamento de um novo edital para provimento de cargos efetivos. A comissão organizadora já está feita e os cargos já foram determinados: analista e técnicos judiciários (áreas judiciária, administrativa e de apoio especializado, e para postos como de oficial de justiça avaliador federal, enfermeiro e segurança). Mas ainda não há previsão de lançamento do edital de abertura.
E o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, que vai abrir vagas para técnico judiciário (saúde bucal, enfermagem) e analista judiciário (estatística). O certame contará ainda com formação de cadastro de reserva para os cargos de analista judiciário com especialidade em tecnologia da informação e analista judiciário da área administrativa.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira.