Foco: primeiramente é preciso que o candidato defina a carreira que quer seguir, seja ela jurídica, militar, educacional, etc. É importante ter isso bem definido desde o começo dos estudos, não é interessante que o candidato mude de foco se quer intensificar a preparação e ser aprovado. A partir daí, ele terá um leque de opções de concursos de órgãos diversos, mas que cobram as mesmas disciplinas para treinar.
Planejamento: delimitar a quantidade de horas de estudo, para que a preparação se molde à rotina do candidato. É importante fazer um plano de horas e indispensável que haja uma continuidade do estudo. As matérias não devem ser completadas, mas revistas. A revisão deve ser feita para manter o conhecimento na memória. Quanto menor o nível de conhecimento, menos matérias devem ser estudadas por dia - quem é iniciante deve despender um tempo maior para concretizar a compreensão em conteúdos que não domina. O ideal é que quem começou a estudar priorize duas matérias por dia. O estudante mais avançado já pode se aventurar em três ou quatro matérias.
Ação: cumprir a meta de horas de estudo definida para a semana e fazer uma planilha de controle para avaliar o desempenho, anotando os resultados da prática de exercícios e se atentando à frequência e ao motivo dos erros.
Materiais: o ideal é que o candidato selecione previamente um material para cada matéria e siga ele até que seja esgotado. Podem ser videoaulas, livros, fóruns, materiais em PDF, ou outro material indicado por professor. Para quem trabalha o dia inteiro, o curso preparatório presencial não é tão adequado, pois não haverá tempo para fazer o estudo individual. Estudar por videoaulas ou curso online é o ideal para quem tem o horário restrito. O curso presencial é adequado para quem ainda precisa desenvolver uma base de conhecimento. Quem tem um conhecimento maior em concursos pode recorrer a materiais escritos, mais densos.
Emocional: o controle emocional corresponde a 90% da preparação. É preciso ser consciente em relação ao tempo de estudo, determinar as horas de acordo com a disponibilidade e não estabelecer um horário que não se pode cumprir, pois, certamente, virá a sensação de fracasso. Deve-se pensar em qualidade de horas. É preciso também saber lidar com a solidão, pois o estudo é uma atividade solitária, mas é o estudo individual que faz passar. Com a explicação de um professor, pode-se entender a matéria, mas para aprender é preciso estudar sozinho. Assim, as provas devem ser usadas como análise do conhecimento, um feedback, e não como auto-julgamento.
Saiba Mais
Segundo o professor, um bom cronograma inicial para matérias básicas, que caem em quase toda seleção, seria começar numa segunda-feira com português, direito constitucional, atualidades e gestão de pessoas. Na terça-feira, as matérias seriam direito administrativo, raciocínio lógico, administração financeira e orçamentária e informática. E nos outros dias da semana, esse conteúdo deve ser intercalado. Dessa forma, o candidato vai sempre retornar às matérias e relembrar o conteúdo. Para a matéria de atualidades, ele indica que o candidato acompanhe rádios e jornais, priorizando conteúdos referentes a mundo, política e economia.
Fernandes aponta que os horários de pico de desempenho em geral são das 11h às 12h. Já os de baixo aproveitamento dos estudos é de 14 às 15 horas.
Para exercícios, a orientação é de que o candidato faça uma prova da banca por semana. Para matérias teóricas, a proporção é de três dias de teoria para um dia de exercício. Já para matemática e português, a freqüência pode ser de um dia de teoria para outro de exercício. “Não se pode esquecer do descanso, que pode ser de um dia na semana, preferencialmente no domingo”.