A taxa de ocupação na Administração pública apresentou um decréscimo de 10,3% durante o primeiro semestre de 2015, em uma comparação feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em relação ao mesmo período do ano passado. A má notícia, porém, poderá ser revertida a curto prazo, já que na próxima análise a expectativa do órgão é que as ações do governo que visam a melhora do mercado de trabalho (como o Programa de Proteção ao Emprego – PPE e o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social) surtam efeito positivo.
Apesar disso, o coordenador de Trabalho e Renda do Ipea, Carlos Henrique Corseuil, alerta que “a diminuição de contratações tende a aumentar a duração do desemprego e, com isso, a reversão das expectativas pode deixar de ser suficiente”.
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O motivo seria a maior profissionalização desses funcionários, já que em áreas menos institucionalizadas e com carreiras menos estruturadas, ou ainda aquelas sem carreira própria, o espaço ocupado por nomeados sem vínculo é maior.
Para o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Felix Garcia Lopez, o argumento que aponta excesso de cargos de confiança e seu "loteamento" desconsidera que esse processo tem diminuído em intensidade ao longo do tempo. Segundo Felix, mais importante seria discutir o que motiva a ausência de critérios de seleção, monitoramento, avaliação de desempenho e qualificação dos servidores.
*Com informações do Ipea