Concurso, CorreioWeb, Brasília, DF

Dicas: especialista aposta em delação premiada como tema de redação da PCDF

Concurso oferece 100 vagas e salário inicial acima de R$ 16 mil

15/03/2016 10:00 | Atualização: 16/03/2016 10:46

Lorena Pacheco

Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press
O recém-lançado concurso público da Polícia Civil do Distrito Federal está causando alvoroço na vida dos concurseiros. Também, não é para menos. Trata-se do primeiro edital do Executivo local lançado no ano, após um 2015 de vacas magras para o funcionalismo público. Agora, com a nova seleção, toda a preparação é pouca. Para ajudar nos estudos, conversamos com o professor de carreiras policiais do IMP Concursos, Tiago Pugsley, que ainda é professor de direito penal, processual penal e legislação penal especial.

Para o especialista, a concorrência pelas 100 oportunidades de nível superior para perito criminal deverá ser bem acirrada, por se tratar de um edital bastante aguardado. “Com a crise das seleções muitos continuaram se preparando, mas outros desanimaram. Como é o primeiro concurso do ano, todos deverão tentar correr atrás do prejuízo, mas isso não significa um grande perigo, já que deverá ter mais quantidade que qualidade de concorrência.

Sobre o conteúdo programático, o professor afirma que concurso não apresenta nenhuma matéria decisiva, que mereça mais esforço que as demais. Tirando português, que será cobrado em oito perguntas, o restante do conteúdo programático será bem distribuído nas provas, acredita. “O candidato que terá vantagem nessa seleção será o concurseiro mediano. Aquele que já domina as matérias básicas e poderá se dedicar agora ao conteúdo específico do edital de perito”.

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Para as provas discursivas, que são o pesadelo de muitos candidatos, Pugsley aposta em um tema bastante atual. “A tendência é que a prova discursiva aborde tema específico da carreira policial, assim como foi cobrado, por exemplo, na prova passada de escrivão. A delação premiada pode ser abordada devido a sua atualidade e por agregar direito penal e constitucional”. O professor também pede atenção para os entendimentos recentes dos tribunais sobre a delação. Como quando o Supremo Tribunal Federal autorizou, em fevereiro, o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado da condenação, ou seja, quando ainda há possibilidade de recurso. “Os casos de Luiz Estevão e Benedito Domingos são exemplos da aplicação dessa decisão no DF”.

Outro desafio dos concursos policiais é o teste de aptidão física, que para a PCDF será composto por teste dinâmico de barra fixa, flexão abdominal, teste de meio sugado e corrida de 12 minutos. “Na verdade é muito pessoal decidir quando começar a se exercitar, mas o ideal é que o candidato sedentário comece a se preparar agora, tendo em mente que a concorrência vai ser dura. Isso porque quem já se dispõe a fazer concursos policiais pratica atividades físicas há algum tempo”, aponta o professor.

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Sobre a troca da banca organizadora, que passou da Fundação Universa, em 2011, para o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), Pugsley acredita que as provas serão semelhantes, e que o candidato pode simular a aplicação com a prova anterior, pois não deverá ter grandes modificações. “A examinadora cobra o entendimento da lei, com pouco conhecimento jurisprudencial”. Os exames objetivos vão abordar português; matemática, estatística e raciocínio lógico; geopolítica do DF; Lei Orgânica do DF; noções de direito administrativo; noções de direito constitucional; noções de direito penal; noções de direito processual penal; legislação especial e conhecimentos específicos. Os exames serão aplicados na tarde de 19 de junho. Confira o edital de abertura

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